terça-feira, 8 de março de 2011

Revelações

Morrendo de medo entrei na casa de Bruna, era uma casa pequena com poucos móveis, havia sangue nas paredes, parece que Dayane não foi a única vítima dela:
_Thiago não é? Relaxe pode parecer estranho pra você mais o que eu fiz foi a coisa mais correta a fazer, a menina já estava morta, eu vi acontecer antes, eles mordem você e dentro de instantes POW você é um deles.
_Do que você esta falando?
Perguntei assustado com medo de qualquer palavra errada me custar caro, ela logo logo respondeu a minha pergunta:
_Está vendo essas manchas de sangue? Era do meu namorado, ele era policial, entrou em casa com um ferimento na mão disse que um louco tinha se ferido e quando ele foi ajudar. . . foi só uma mordida ele tentou lavar, passou álcool mais não deu um minuto e ele havia caido morto e eu estava la, chorando do lado dele quando ele simplesmente se levantou e tentou me atacar, a pistola dele ainda estava em seu coldre, eu a puxei e atirei no meio de sua boca, matei o homem que amo, essa cidade esta ficando louca Thiago, se não acredita em mim então ligue a tv.
Ainda não tinha confiança nas palavras de Bruna, mais liguei a tv e não acreditei no que vi, a cidade estava sendo reduzida a cinzas, todos os canais falavam sobre o ocorrido, as pessoas eram mordidas, morriam e voltavam pra atacar as pessoas vivas, era inacreditável.
_Eu te aconselho a pegar uma arma e esperar em um lugar seguro, com certeza os militares vão mandar tropas para nos resgatar é só esperar - dizia Bruna olhando por uma persiana que ela abria com os dedos - e só nos acalmarmos e tudo vai passar.
_Agradeço por me oferecer segurança Bruna mas eu tenho uma pessoa perdida por ai, minha namorada, eu preciso ver se ela está bem ou não.
_Primeiro lugar, não ofereci minha casa pra você se é isso que estava na sua mente e em segundo, como você pensa em ajuda-la? O que você tem pra se proteger?
_Um revólver, um facão - respondi com um pouco de vergonha - e uma bala.
_Hehehe nem preciso falar nada, você vai morrer no meio do caminho. Ao menos tem idéia de onde sua namorada esta?
_Na casa da mãe dela, rua Apa numero 236.
_Uma casa bonita, parece um castelo, sei onde é.
_Então você pode me levar até lá?
_Adoraria Thiago, mas infelizmente não acho tão seguro, não sei se você viu na Tv mais isso fica no centro da cidade, onde começou tudo, lá está cheio desses zumbis.
_Zumbi?
_É assim que estão chamando essas coisas, mas ao assunto com certeza sua namorada já esta morta então esqueça-a se você quiser ir la sozinho a vontade, mas te aconselho a ficar por aqui até tudo se acalmar, eu tenho água, alimento e munição.
_Bruna sozinho não vou durar nem um segundo la fora, não consigo me localizar nessa cidade mais, esta tudo diferente, não sei usar uma arma sequer mas com você me ajudando com certeza teria mais chances, tenho certeza, por favor não quero que ela tenha o mesmo destino.
_Lamento camarada, o máximo que posso fazer por você é te dar esse mapa da cidade pra você se localizar melhor, munição e armas, tenho várias, mas essa que você possui, não tenho uma bala sequer pra ela.
Não podia reclamar da ajuda, era o máximo que ela podia me arrumar, peguei as armas que ela me deu, uma escopeta e uma pistola, fiquei com a doze nas mãos e a pistola na cintura e sai da casa, mas, antes que eu me afasta-se ela me alertou:
_Evite usar muito elas, alem das balas não serem infinitas os barulhos chamam a atenção deles, boa sorte e vá com Deus.
E mais uma vez estou a mercê dessa cidade morta.